O estudo ultrassonográfico do coração permite visualizar o fluxo sangüíneo dentro do coração, avaliando o funcionamento da válvula, a contratilidade do músculo cardíaco e sua eficiência como bomba
Eco Doppler Transesofágico
Está indicado em casos que, por limitação técnica, o exame transtorácico não esclareceu o diagnóstico ou não pôde definir detalhes anatômicos e funcionais relevantes do coração. Permite imagem com maior nitidez devido a sua proximidade com o coração. Ex.: em comunicação interatrial, endocardite, embolias.
ECO DOPPLER
Aproveitamento do Efeito Doppler
Efeito Doppler
Christian Johan Doppler, físico austríaco, certa vez, na Estação de Viena observou que o apito da locomotiva mudava de tom conforme aproximava ou afastava do observador. Explicou o fenômeno pelo aumento da concentração de ondas sonoras que, pela aproximação da fonte, chegavam aos ouvidos do espectador, enquanto, se rarefaziam pelo seu afastamento. O som tornava-se agudo na primeira situação e grave na segunda.
Um século mais tarde a tecnologia, na busca de métodos não invasivos resgatou a idéia e a introduziu na prática. Como homenagem àquele notável pensador seu nome tornou-se sinônimo dessa propriedade física.
Sotomura, em 1954, ressaltou a utilidade do efeito Doppler, para estudar o fluxo sanguíneo através dos vasos sanguíneos ou dentro do coração. Na prática, efeito Doppler é a diferença de freqüência emitida por um fonte e refletida por um objeto em movimento (no caso, o sangue). Quando um feixe de ultrassom incide num objeto fixo, a frequência da onda emitida é igual à da onda refletida. Quando o objeto se desloca na direção do transdutor, o comprimento de onda diminui e a freqüência é maior e quando o objeto se afasta do transdutor, o comprimento de onda aumenta e a freqüência é menor. Assim, a direção do fluxo sanguíneo é facilmente determinada.
A velocidade do fluxo (alvo) em movimento é uma função da freqüência Doppler, da velocidade do som no meio que está sendo examinado, da frequência transmitida e do ângulo entre o feixe ultra-sônico e a trajetória do alvo em movimento. Como a velocidade do som em um meio é conhecida e praticamente constante e a freqüência transmitida também é conhecida, então a velocidade é uma função da freqüência Doppler e obtida quando o feixe de ultrassom está paralelo ao alvo em movimento. Esta situação é exatamente oposta àquela necessária para se obter a melhor imagem com eco mono ou bi.
Doppler Contínuo
No Doppler contínuo o feixe ultra-sônico é constante, portanto, todos os alvos em movimento dentro do feixe produzem sinais Doppler e não há possibilidade de se conhecer onde estão localizados os alvos individuais e nem determinar se há mais de um alvo em movimento.
A melhor imagem é obtida com transdutores de baixa freqüência. Como a velocidade também é uma função da freqüência transmitida, é muito difícil registrar velocidade baixa com transdutor de baixa freqüência. Essa situação é oposta àquela utilizada para obtenção da imagem eco uni ou bi.
Com o Doppler contínuo consegue-se determinar velocidades altas e direção do fluxo, mas não sua localização.
.
Ecocardiografia